terça-feira, outubro 30, 2007

Mark Spitz - O maior nadador de todos os tempos.

Abaixo a primeira de duas matérias especiais sobre Mark Spitz. O texto abaixo é um pequeno historico sobre este fenomenal nadador, até agora o único atleta a vencer sete medalhas de ouro numa única Olimpiada.
Daqui alguns dias colocarei uma palestra que tive com o proprio Mark Spitz antes de sua tentativa de volta as piscinas, que fiz quando ele esteve no Brasil em 1990.
O texto é um pouco longo, mas vale muito a pena lêr. Para os mirins peço aos pais que leiam e comentem com nossos pequenos. Boa leitura:

MARK SPITZ - Uma estória real.

Tão logo ele começou a caminhar, Mark Spitz começou a nadar. Aos dois anos, seus pais, Leonore e Arnold Spitz, mudaram-se pra Honolulu – Hawaii, onde Arnol Spitz um executivo de uma empresa de Aço, tinha sido transferido. Ele nadava diariamente na Praia de Waikiki “Você deveria ter visto aquele pequeno garoto mergulhar no oceano”, sua mãe diria tempos depois a um repórter da Revista Time. Logo, como muito incentivo de sua família, Spitz estava nadando competitivamente. Tendo retornado a sua cidade Califórnia aos seis anos, ele começou seu treinamento na piscina da YMCA de Sacramento. Três anos depois
, Arnold Spitz levou seu filho para o Clube Aren Hills para treinar com o treinador Sherm Chavoor, com o qual iria permanecer por vários anos. Com dez anos, Spitz tinha vencido 17 provas de sua idade. Aquele ano, Spitz começou ater problemas com seus horários de treinamento com a escola que estudava uma escola Judia. Seu pai interviu com o Rabino, “Mesmo Deus gosta de vencedores”. A família então mudou par Santa Clara, apesar de 80 Milhas mais distante, porem Spitz poderia treinar com o famoso treinador Geore Haines no Santa Clara Swim Club. ”Natação não é tudo”, seu pai costumava dizer ao filho, “vencer é!”. Em 1965, o já adolescente Spitz, entrou em sua primeira competição internacional nas Macabiadas em Tel Aviv, Israel, e ganhou quatro medalhas de ouro. (depois retornaria quatro anos depois para ganhar mais seis medalhas de ouro)
Em 1966, Spitz ainda um atleta do High School, venceu o Amateur Athletic Union (AAU) championships nos 100 Borboleta. Aos 17 anos, Spitz quebrou seu primeiro Recorde Mundial com o tempo de 4’10”60 nos 400 Livres. Cheio de confiança, Spitz qualificou para os Jogos Olímpicos da Cidade do México e imaginava que lá poderia ganhar 6 Medalhas de Ouro. Bem, ele enfrentou seu primeiro grande desapontamento. Não só foi alvo de anti-semitismo por alguns membros da equipe, como também ele falhou em suas próprias expectativas. Ele venceu somente duas medalhas de ouro, ambas no revezamento, uma difícil medalha de prata nos 100 Borboleta e um bronze nos 100 Livres. Esta tinha sido, disse ele ao um Jornalista “a pior competição de minha vida”. Enquanto muitos outros atletas poderiam estar felizes com apenas aquelas medalhas que Spitz ganhara, para ele a competição tinha sido um desastre. Havia a partir dali uma linha fina entre desistir e uma volta triunfal as piscinas.
Mark Spitz – Dias Gloriosos
Spitz não era um “quitter” (utilizando um termo inglês que significa não somente um perdedor, mas uma pessoa que desiste fácil). Sabendo que ele tinha uma longa estrada pela frente, ele decidiu consigo mesmo que tinha que treinar com os melhores. Recrutado para nadar na Universidade de Indiana em Bloomington, que tinha uma das melhores equipes de natação dos Estados Unidos, Spitz iniciou na equipe em 1969. Começaram seus treinamentos com James “Doc” Cousilman, treinador renomado, ex-nadador campeão americano e um especialista em cinésiologia. Spitz quando se graduou foi capitão dos Hosiers (time de Indiana), vencendo o Premio de Melhor Nadador do Mundo pela Swimming World Magazine nos aos de 1967, 1971 e 1972. Em 1971 ele se também foi agraciado com o AAU's annual James E. Sullivan Memorial Award pelos seus desempenhos- atléticos, liderança, caráter e sportsmanship.
Spitz ganhou cinco medalhas de ouro nos Jogos Pan-americanos de Winnipeg (1967), oito títulos da NCAA (maior torneio universitário americano) sendo quatro vezes nos 100 Borboleta, e 33 Recordes Mundiais. Foi treinado por Chavoor, Haines, and Cousilman, todos membros do Swimming Hall of Fame in Ft. Lauderdale, Florida, que ajudaram Spitz não somente na natação como também como homem. Nos Jogos Olímpicos de 1972 Spitz era outro nadador, as pretensões dos Jogos Olímpicos de 1968 já tinham passado, agora ele era um atleta focado e com bigode.
O bigode tinha demorado quatro meses para crescer, porem Spitz estava orgulhoso dele. Ele pretendia raspar seu bigode para os Jogos Olímpicos, mas como ele tinha ido tão bem nas Seletivas Olímpicas Americanas (ele quebrou o Recorde Mundial dos 200 Borboleta nas Seletivas), ele pensou que o bigode era seu “amuleto da sorte”. Durante um treinamento, Spitz notou que os Soviéticos estavam fotografando ele. Eles perguntaram se o bigode não trazia mais atrito para ele. “Spitz “respondeu “ Não, na realidade ele corta a água que vai em direção da minha boca, e isto mantém minha cabeça em uma posição mais baixa que melhora minha velocidade”, disse ele esta estória depois a Revista Newsweek. Sua resposta logicamente era pura invencao, mas os soviéticos não sabiam disto. Repentinamente, vários nadadores soviéticos começaram a usar bigodes em competição. Outra tática de Spitz incluía mudar seu estilo para uma técnica ruim e ineficiente durante os treinos, para que os espiões soviéticos pudessem pensar que isto seria seu outro segredo. Quando eles perguntavam sobre sua “estranha” técnica de nado, Spitz novamente que isto lhe dava mais força na água.
Mark Spitz – Prepara-se seriamente.
Antes das provas, Spitz dava atenção aos jornalistas. Ele era breve em seus comentários porem muito enfático: “Senhores, eu não posso ficar muito tempo conversando com vocês, pois eu preciso me preparar psicologicamente para as provas”
E isto ele fazia. A primeira prova era os 200 Borboleta. Spitz venceu quebrando o recorde Mundial com o tempo de 2’00”7. Eles simplesmente ao acabar a prova, pulou par fora da piscina e ficou em pé com os braços levantados em gloria. Naquele mesmo dia, ele nadou os 4x100 Livre ajudando o time americano a ganhar o Ouro. Spitz ficou um pouco nervoso ao ver que seu companheiro de revezamento Jerry Heidenreich tinha sido 12 centésimos melhor que o seu tempo
Não obstante, ele venceu seu segundo Ouro individual nos 200 livres com novo Recorde Mundial (1’52”78), ai começando uma pequena controvérsia com os soviéticos. A controvérsia começou quando Spitz descalço segurando os tênis nas mãos. Quando começou o Hino Americano, ele jogou o tênis de lado, somente para acenar ao publico. Os soviéticos fizeram uma reclamação ao Comitê Olímpico Internacional acusando Spitz de promover um produto comercial (marca do tênis). Spitz o defendeu mesmo dizendo que o gesto fora totalmente espontâneo, os tênis eram velhos, e ele não estava recebendo nada em troca. Spitz estava totalmente concentrado para a próxima prova, sua prova favorita. Ele venceu por um corpo de vantagem com novo Recorde Mundial de 54”27
Depois dos 4x200 livre, que trouxe outro Ouro e Recorde Mundial para os Americanos, Spitz ficou apreensivo. Ele tinha nadado ate aquele momento uma Olimpíada perfeita, vencendo cinco ouros em cinco provas. Com mais duas provas a serem nadadas ele estava extremamente nervoso, então Spitz contatou seu antigo técnico, Sherm Chavoor, que estava em Munique com a equipe feminina. Preocupado com poupar forças para o 4x100 Livre e também com a desempenho do grande nadador Heidenreich nos 4x100 Livres, Spitz perguntou para Chavoor se ele deveria desistir de nadar a próxima prova, os 100 Livres. O treinador motivou Spitz a competir, e disse que se ele desistisse pareceria que tinha perdido sua vontade de ganhar. Depois em uma entrevista, Spitz disse aos jornalistas: “Eu somente tentei me manter tranqüilo e continuar com meu plano inicial: VENCER”
Spitz se mostrou imprevisível aos seus adversários nos 100 livres, passando os primeiros 50 muito forte, ele foi o primeiro na virada com 24”56. Durante a serie semifinal, ele tinha passado atrás terminando sua serie atrás do antigo campeão Michael Wenden e de Heidenreich. Mas durante a final a estratégia foi totalmente diferente. Por mais que ele perdeu o ritmo nos últimos 50, devido a ter passado forte, Spitz continuou na frente para ganhar de Heidenreich por meio braçada, marcando 51”22, abaixando o Recorde Mundial em 25 centésimos. A prova final era os 4x100 Livres. Para Spitz, como integrante do time Americano, esta poderia ser a ultima prova para uma Olimpíada perfeita e um feito ate hoje inigualável de sete medalhas de ouro. Em 04 de Setembro de 1972, Spitz, na Munich Schwimhalle (nome da piscina), venceu sua sétima medalha de ouro, sendo em todas com Recorde Mundial
Pesquisa em várias fontes - Wlad

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