quinta-feira, agosto 09, 2007

A Piscina das Olimpíadas de Pequim (Beijing 2008)

Este é o Centro Aquático Nacional de Pequim, também conhecido com o Cubo D’água (Water Cube). A estrutura, que tem a clara inspiração em bolhas d’água, é feita em aço moldado e colchões infláveis de ETFE, um polímero à base de flúorcarbono (trocando em miúdos, é um tipo de plástico), ultra-resistente com meros 0,3 mm de espessura!
Ao serem infladas, as superfícies dos colchões projetam-se para fora da armação em aço, criando o efeito desejado pelos projetistas. É a maior estrutura de colchões de EFTE do mundo, com um total de 100.000m² espalhados por suas paredes e teto.
A área útil do estádio é de 65.000m², com capacidade para até 17.000 pessoas, mas durante os Jogos Olímpicos, sua capacidade será reduzida à 6.000 pessoas. As paredes têm espessura de 3,6 metros e teto de 6,6 metros.
Outro aspecto muito interessante diz respeito ao controle térmico do estádio. Quando é necessário aquecimento, a estrutura pode funcionar como uma grande estufa onde o ar quente que circula pelas paredes é forçado para o ambiente, quando necessita de resfriamento, ar frio é forçado à partir do chão, e a exaustão é feita pelo teto.
A obra começou em dezembro de 2006, e deverá estar pronta no mês de outubro de 2007, quando ocorrerão alguns eventos para testar o estádio.
O projeto foi da empresa de arquitetura Australiana PTW e foi executado pelas empresas ARUP e China State Contruction Design International.

Um comentário:

Anônimo disse...

DOPING

SUPLEMENTO ALIMENTAR X DOPING

Swim It Up!


SÃO PAULO, 13/08/2007 09:30
Swim It Up! Clipping, A Tribuna de Santos
Esta notícia foi reproduzida para fins didáticos. Caso disponível, veja link no final desta página para ver o texto original.
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ANTONIO CARLOS PORCO
O comportamento humano e suas sensações muitas vezes são facilmente retratados por frases comuns do vocabulário popular. O desejo e a vontade de se consumir algo que está tão fácil ao alcance do indivíduo, por exemplo, pode ser descrito no chavão ‘‘parecia uma criança em uma loja de doces’’. Este ditado vem assumindo uma nova identificação entre atletas de alta competição ou esportistas em geral.

Com a proliferação das lojas de suplementos alimentares fica cada vez mais fácil aos praticantes de alguma modalidade esportiva ter acesso a esses aditivos. Basta entrar e escolher: complexos vitamínicos, minerais, proteínas e mais uma infinidade de substâncias. Tudo para se ter um melhor rendimento em treinos e competições ou pelo simples desejo estético de se conseguir um abdômen melhor modelado ou bíceps mais avantajados.

Apesar dos benefícios que a utilização dos suplementos alimentares proporcionam, profissionais ligados à área de nutrição e esportes recomendam cuidados. Os resultados positivos são inegáveis. Recuperação mais rápida do desgaste provocado por treinos e competições e melhora do desempenho físico são alguns exemplos. Riscos, no entanto, estão sujeitos a acontecer, principalmente para atletas de alto rendimento.

SUPLEMENTO X DOPING

‘‘Suplemento alimentar, por definição, não é doping. Nunca foi’’. A afirmação é do médico Eduardo Henrique de Rose, que trabalha com medicina esportiva há mais de 30 anos, sendo considerado uma das principais autoridades no mundo em prevenção e combate ao doping.

‘‘Acontece que certos suplementos alimentares vêm contaminados com alguma substância considerada doping, sem que ela conste na bula do produto. Ao contrário de um remédio, não é obrigatório que ela apresente todos os componentes. O controle também é bem menor. Daí a possibilidade de que um suplemento alimentar esteja contaminado’’, alertou De Rose.

O fisiologista Cláudio Pavanelli também advertiu para a diferenciação entre suplemento alimentar e doping. ‘‘O suplemento alimentar é tudo aquilo que você toma, além da sua alimentação, voltado para o aspecto nutricional. Tudo que estiver em deficiência na sua dieta. Doping é a utilização de uma substância proveniente de forma química, geralmente de um medica-mento’’, exemplificou o profissional, que trabalha no Santos Futebol Clube.

PREVENÇÃO

Para evitar problemas e consequências mais graves, tanto De Rose quanto Pavanelli recomendam uma prevenção. ‘‘É muito simples. Nenhum esportista deve tomar nada sem consultar o seu médico. É importante para qualquer pessoa que queira usar um suplemento alimentar ter condições de consultar um profissional e ter uma orientação clara’’, concluiu Pavanelli.

Afinal, se uma criança em uma loja de doces pode ter como consequência mais grave uma cárie dentária, atletas mal-assessorados, que tomem substâncias erradas, podem terminar com problemas como hepatite e patologias de rins e fígado.

Os grandes vilões do esporte

Esteróides anabólicos: versões sintéticas do hormônio masculino testosterona. Inclui, entre outros, tetrahidrogestrinona, nandrolona e estanozol.

Efeitos: aumentam a resistência e a força muscular.

Riscos: crescimentos de pêlos na face das mulheres e calvície nos homens. Problemas renais e hepáticos. Atrofia dos testículos, impotência e crescimento das mamas nos homens.

Hormônios peptídicos: eritropoietina (EPO) e hormônio do crescimento humano (HGH).

Efeitos: a EPO estimula a produção de glóbulos vermelhos, aumentando a oxigenação dos músculos. O HGH promove o crescimento e reduz o depósito de gordura.

Riscos: crescimento anormal dos órgãos. O uso prolongado pode levar à exaustão muscular e à elevação da pressão arterial.

Beta2agonistas: drogas antiasmáticas.

Efeitos: melhoram a absorção de oxigênio.

Agentes mascarantes: diuréticos.

Efeitos: rápida perda de peso e ajudam na eliminação das drogas pela urina.

Estimulantes: anfetaminas, cocaína, efedrinas e modafinil.

Efeitos: promovem estimulação física e mental e reduzem a sensação de cansaço.

Riscos: aumento da pressão arterial, alteração no ritmo cardíaco e dependência.

Betabloqueadores

Efeitos: reduzem os batimentos cardíacos e a pressão arterial. Ajudam a diminuir tremores musculares.

Glicocorticosteróides: Hidrocortisona.

Efeitos: reduzem as inflamações em tendões lesionados.

Riscos: diabetes, glaucoma e perda de massa muscular.

Nos sites da Confederação Brasileira de Futebol (www.cbfnews.com.br) e do Comitê Olímpico Brasileiro (www.cob.org.br) é possível encontrar a relação de todas as substâncias consideradas doping e, portanto, proibidas de serem usadas.

Suplementos alimentares de maior comercialização

Whey Protein: produto à base de proteína extraída do soro do leite, disponível em pó. Promove ganho de massa magra, evita o catabolismo (processo metabóilico destrutivo) e ajuda na recuperação muscular.

BCAA: combinação de três aminoácidos (leucina, valina e isoleucina). Disponível em pó, tabletes e cápsulas, utiliza os aminoácidos mais facilmente oxidados pelos músculos, agindo na recuperação muscular e auxiliando na hipertrofia.

Maltodextrina: carboidrato derivado do amido de milho, disponível em pó. Repõe gradativamente a energia gasta durante a atividade física, melhorando o desempenho e retardando a fadiga. É facilmente assimilada pelo organismo e metabolizada de maneira lenta, sendo ideal para atividades de longa duração.

Fonte: Vit Shop Health & Shakes. Localizada na Av. Ana Costa, trabalha a comercialização de suplementos alimentares na Cidade há 17 anos. Na loja, os consumidores encontrarão uma equipe formada por um farmacêutico, dois nutricionistas, um estagiário da área de farmácia e um um estagiário de Educação Física.



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‘‘Perdi os melhores anos da carreira’’
POR Hugo Duppre, ex-nadador

Um remédio interrompeu minha carreira por 4 anos. Esta foi a punição que recebi após um exame antidoping, realizado em um Brasileiro de Natação, acusar o uso da substância nandrolona. Na época (1997), tinha 21 anos.

Saí de cena como campeão brasileiro e recordista sul-americano dos 100 m borboleta. Minha ingenuidade acabou me tirando aqueles que seriam os melhores anos da carreira. Perdi uma Olimpíada e um Mundial. Impedido de competir na natação, participei de provas de triatlo e biatlo. Ao retornar, ainda consegui festejar mais um campeonato brasileiro e integrar a seleção nacional.

Hoje, com a minha experiência e trabalhando na formação de atletas, o que recomendo é o acompanhamento de um médico de confiança e especialista em nutrição e em temas ligados a doping.



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“Alimentação é o combustível do atleta”
Entrevista

Cláudio Pavanelli. Fisiologista do Santos FC

O fisiologista Cláudio Pavanelli trabalha no Santos FC desde 1999. Formado em Educação Física, com especialização em cardiologia e mestrado em fisiologia do exercício, ele, em conjunto com a nutricionista Sandra Merouço, auxilia o trabalho do clube na preparação e recuperação dos atletas.

Qual a importância do fisiologista na preparação do esporte de alta competição?

A fisiologia do exercício entrou no esporte basicamente para fazer avaliações. Diagnosticar o condicionamento físico de cada atleta, seja qual a modalidade, e passar para o preparador físico esta condição. De um tempo para cá, foi notada a preocupação de recuperar o atleta no sentido de estar pronto em um tempo mais rápido.

O quanto influi na preparação do atleta o que ele ingere?

O aprimoramento do condicionamento físico não vem só com o treinamento. Ele tem o alicerce em um tripé: o próprio treinamento, a alimentação e a recuperação. Se um desses três estiver desequilibrado, a performance vai cair. A alimentação é o combustível do atleta.

Qual a importância do suplemento alimentar?

Ele só entra em questão quando não se consegue, na alimentação diária, suprir as necessidades e demandas dos treinos e das competições. O suplemento garante alta qualidade e absorção mais rápida.

Qual a diferença entre suplemento alimentar e doping?

Há grande diferença. Suplemento alimentar nada mais é do que qualquer tipo de substância natural. Exemplo: vitaminas e minerais. O doping é droga, nos dois sentidos da palavra: como substância ligada a medicamento e como coisa prejudicial.

É possível encontrar suplementos alimentares com substâncias que são consideradas doping?

Muitos médicos acabaram utilizando a nutrição para agir no emagrecimento, usando estimulantes para ganhar tempo em aspectos como queima de gorduras. Isso faz com que muita gente ache que suplementos alimentares são estas substâncias. O que acontece é que elas podem ser embutidas nos suplementos alimentares.



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“Melhoramos muito a luta antidoping”
Entrevista

Eduardo Henrique de Rose. Especialista em prevenção ao doping

Eduardo Henrique de Rose virou referência internacional quando o assunto é prevenção e combate ao doping. Trabalhando há mais de 30 anos com medicina esportiva, o gaúcho integra o Comitê Olímpico Internacional desde 1984. Faz parte da comissão médica da Odepa (organizadora dos Jogos Pan-Americanos) e da Wada (Agência Mundial Antidoping). De Rose mostra otimismo com os avanços neste campo, em prol de um esporte limpo e sadio.

A guerra contra o doping está sendo vencida?

Eu penso que nós melhoramos muito a luta antidoping. Ainda não chegamos ao ideal, mas estamos indo bem. Um exemplo é que, atualmente, conseguimos detectar uma substância em até 20 dias desde a utilização. É um tempo pequeno.

O número de casos detectados tem diminuído?

A situação deve ser avaliada de outra forma. O controle tem aumentado. Cerca de 30% ao ano, no mundo inteiro. Evidentemente, ele vem acompanhado de um aumento no número de casos positivos. Isso não significa que os casos de doping estejam aumentando, mas que o controle é mais efetivo.

Quais são os grandes vilões?

Estatisticamente, o doping mais usado é o anabólico esteróide, seguido pelos estimulantes. Temos, ainda, em determinados esportes uma certa cultura, como no ciclismo, por exemplo, com a EPO. Estas substâncias são detectadas com a teconologia de ponta.

E quanto à legislação antidoping do País?

Ainda falta alguma coisa na legislação brasileira. Ela é um pouco atrasada em relação à internacional. Nós temos uma excelente portaria do Ministério do Esporte, mas ainda falta modificar a parte de doping da Lei Pelé. Ela foi feita muito antes dos progressos que ocorreram nesta área. Fundamentalmente, o que a gente precisa fazer é assinar a convenção da Unesco, coisa que todos os países desenvolvidos em doping já fizeram. Isso nos obrigaria a mudar a legislação.

Mas o que a lei precisa mudar?

Precisa reconhecer a Wada, os sistemas modernos de controle e os níveis de laboratórios.

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