quinta-feira, março 25, 2010

Matt Biondi - Torpedo Biônico

Abaixo um pouco sobre um dos maiores nadadores americanos de todos os tempos. Multimedalhista Olímpico e recordista mundial. O texto eu já havia publicado alguns anos atrás aqui no Blog, mas hoje depois do bate-papo com a galera Juvenil e Junior, vale a pena repeti-lo agora com sua prova dos 100 Livre.

Matt Biondi, ou "Torpedo de Modena", pela sua descendência italiana, foi um dos maiores nadadores que o mundo viu nadar.



Matthew Nicholas Biondi nasceu em 8 de outubro de 1965, em Moraga, Califórnia. Quando estudava na Universidade da Califórnia, não apenas competia natação pelo Golden Bears (equipe universitária) como também era membro do time de pólo aquático. Ele ajudou a Califórnia a conquistar três campeonatos da National Collegiate Athletic Association, em 1983, 1984 e 1987.

Mas era nadando que Biondi era rei. Enquanto aluno da Universidade da Califórnia, conquistou oito títulos individuais e cinco em revezamentos no NCAA (Campeonato Universitário Americano). Em 1986, se tornou o primeiro nadador em 56 anos a ganhar as 50, 100 e 200 jardas livre – um feito que seria igualado em 1995, pelo nosso grande Gustavo Borges. Um ano depois, repetiu as vitórias – a primeira vez na história. Foi nomeado Nadador do Ano do NCAA três vezes consecutivas (1985-87).

Aos 19 anos, Biondi participou dos Jogos Olímpicos de Los Angeles/1984. Nadou o revezamento 4x100 livre americano que bateu o recorde mundial.
No dia 6 de agosto de 1985, Matt Biondi bateu seu primeiro recorde mundial individual nas eliminatórias dos 100 livre no Campeonato Americano com 49.24. Não satisfeito, voltou para superar o recorde novamente na final e se tornar o primeiro homem a quebrar a barreira dos 49 segundos com 48.95. No Campeonato Mundial de Madri/1986, se consagrou definitivamente. Conquistou sete medalhas (ouro nos 100 livre, 4x100 livre e 4x100 medley, prata nos 100 borbo e bronze nos 50, 200 e 4x200 livre) – recorde absoluto até então. Bateu também dois recordes mundiais nos revezamentos 4x100 livre e medley.

Antes dos Jogos de Seul/1988, começou a ser comparado a Mark Spitz. Quando chegou na Coréia, muitos diziam que ele poderia vencer as sete provas que nadasse. Ao contrário de Spitz, entretanto, Biondi não alimentava as expectativas: “muitas coisas podem acontecer. Muitas coisas podem tomar um caminho que não espero. Minhas chances são pequenas. É difícil pensar em conquistar sete medalhas de ouro porque é quase impossível”.

Logo na primeira prova, ele viu que realmente era impossível. Nos 200 livre, Biondi foi vencido pelo australiano Duncan Armstrong, que bateu o recorde mundial (1:47.25), e pelo sueco Anders Holmertz (1:47.89). Biondi piorou 27 centésimos de seu melhor tempo e completou a prova em terceiro com 1:47.99. A vitória de Armstrong foi surpreendente, já que ele estava ranqueado em 46º do mundo na época. Ao ver frustrado o objetivo de igualar a marca de Mark Spitz, Biondi disse: “você não via nadadores como estes da Austrália e da Suécia quando ele nadava em 1972. Os dias de Mark Spitz ficaram para trás”. Na prova seguinte, os 100 borboleta, Biondi liderou do começo ao fim, mas deslizou muito na chegada ao invés de dar uma braçada extra e foi alcançado por Anthony Nesty, do Suriname, que venceu por um centésimo (53.00). Foi a primeira medalha olímpica do Suriname e a primeira medalha de ouro olímpica para um nadador negro.

Este seria o último revés de Biondi nos Jogos. Depois disso, conquistou cinco medalhas de ouro consecutivas.
Nos 100 livre, estabeleceu recorde olímpico que durou 12 anos (48.63). Na volta dos 50 livre às Olimpíadas depois de 84 anos, ele superou o recordista mundial e favorito Tom Jager com 22.14, nova marca mundial. Também ajudou os EUA a ganharem os revezamentos 4x100 medley, 4x100 e 4x200 livre – neste último, sua parcial foi a melhor da história até então (1:46.44).

Em Barcelona/1992, Biondi estava de volta, mas o auge da carreira já havia passado. Nada pôde fazer frente ao surgimento do fenômeno russo Alexander Popov. Ainda assim, foi prata nos 50 livre e ouro nos 4x100 livre e 4x100 medley (neste, por nadar as eliminatórias). Com 11 medalhas olímpicas, Biondi encerrou a carreira. Todas as medalhas estão no Hall da Fama de Esportes Nacional Ítalo-Americano.

TOP 10 ALL-TIME MATT BIONDI: 100 LIVRE

1. 48.42 Seletiva Olímpica Austin, 10/08/1988
2. 48.63 Jogos Olímpicos Seul, 22/09/1988
3. 48.74 Campeonato Americano Orlando, 24/06/1986
4. 48.94 Campeonato Mundial Madri, 19/08/1986
5. 48.95 Campeonato Americano Mission Viejo, 06/08/1985
6. 48.99e Seletiva Olímpica Austin, 10/08/1988
7. 49.02 Goodwill Games Federal Way, 24/07/1990
8. 49.04e Jogos Olímpicos Seul, 22/09/1988
9. 49.14 Universíade Kobe, 27/08/1985
10. 49.17 Pan-Pacífico Tóquio, 16/08/1985

TOP 5 ALL-TIME MATT BIONDI: 100 LIVRE PARCIAIS DE REVEZAMENTO

1. 47.66 Pan-Pacífico Tóquio, 17/08/1985
2. 47.78 Campeonato Mundial Madri, 23/08/1986
3. 47.81 Jogos Olímpicos Seul, 23/09/1988
4. 47.84 Pan-Pacífico Tóquio, 18/08/1985
5. 48.14 Universíade Kobe, 28/08/1985


Ao lado, foto histórica: Matt Biondi e Alexander Popov, após os 50 livre nas Olimpíadas de Barcelona/1992, prova vencida pelo foguete russo.












fonte: Raia4News

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